Clima, demanda e preços favoráveis abrem espaço para aumento da área plantada
A colheita entra em sua fase final e os índices de produtividade são animadores em Goiás. A previsão é ultrapassar a média de 285 @/ha, o que já seria um aumento de 13,4% em relação às 247 @/ha colhidas na safra 2015/2016. Confirmados esses números, a colheita deve gerar 113.246,63 toneladas de algodão, superando o total da safra anterior, mesmo com uma área menor. Este salto na produtividade é motivado por um manejo mais adequado da produção, o uso de cultivares mais adequadas e pelo clima favorável.
Outro dado positivo é que 68% da safra goiana já foram comercializados e os preços estão mais rentáveis do que outras culturas como soja e milho. Os estoques mundiais têm caído e a demanda internacional pelo algodão brasileiro deve aumentar, com apoio das campanhas brasileiras de promoção do algodão nacional no exterior.
O clima de otimismo não ocorre apenas em Goiás. Em recente declaração durante o Dia do Algodão, realizado no dia 21 de julho em Cristalina-GO, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, declarou que a colheita havia atingido 30% das áreas plantadas, e que o objetivo é dobrar a área plantada nos próximos 5 anos, com um aumento de 17% na área para 2018.
Se as estimativas se confirmarem, a produção brasileira pode ser de 1,8 milhão de toneladas, ante 1,6 milhão que se espera alcançar nesta safra. As previsões são parte dos dados apresentados pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na reunião realizada durante o XVI Anea Cotton Dinner, no dia 15 de julho, evento realizado pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), que reuniu em torno de 500 representantes da cadeia produtiva da fibra, no Mato Grosso.
Para o presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão, Carlos Alberto Moresco, o estado de Goiás vai ultrapassar a meta de aumento de área lançada pela Abrapa. “A previsão é que tenhamos um aumento de 34% na área plantada de algodão, sobretudo no Sudoeste goiano e na região dos chapadões”, afirma. De acordo com Moresco, a safra 2016/2017 deixou os produtores animados e confiantes em expandir a plantação. “Não tenho registro de uma produtividade tão alta quanto a desta safra”, resume.
