Caiado afirma que combater a criminalidade é o maior programa social do país

Caiado afirma que combater a criminalidade é o maior programa social do país

Durante encontro com governadores e parlamentares, o governador Ronaldo Caiado defendeu que o enfrentamento à criminalidade deve ser tratado como prioridade nacional. Para ele, a luta contra o crime organizado representa hoje a política social mais eficaz para promover justiça e garantir liberdade à população.

“Vivemos em um país onde o verdadeiro programa social é o combate rigoroso às facções e ao crime organizado”, declarou Caiado. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (12/11), em Brasília, durante reunião com outros chefes de Executivo estaduais e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. O encontro resultou na assinatura do Pacto pela Segurança Pública, documento que formaliza o apoio conjunto de diversos estados às novas propostas de endurecimento da legislação penal.

O pacto prevê a análise coordenada de três projetos de lei: o PL 5.582/2025, conhecido como Antifacção e relatado pelo deputado federal Guilherme Derrite; o PL 125/2022, voltado ao aperfeiçoamento do combate à lavagem de dinheiro e à sonegação que financiam o crime; e o PL 2.646/2025, denominado Brasil Mais Seguro, que cria mecanismos de repressão qualificada e amplia a responsabilização de organizações criminosas. O objetivo é construir um novo Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, com ações integradas entre União, estados e municípios.

Caiado enfatizou que o fortalecimento das políticas de segurança pública é essencial para assegurar o direito à vida e devolver a sensação de tranquilidade à população. “A melhor política social do Brasil hoje é o enfrentamento firme às organizações criminosas. Só assim o país voltará a respirar, sem medo e sem submissão ao crime”, afirmou. Ele também citou levantamentos que apontam a segurança como prioridade para cerca de 80% dos brasileiros e alertou para o avanço das facções: “Estamos assistindo à deterioração do Estado Democrático de Direito e à expansão do poder do crime”.

O documento foi assinado pelos governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Melo (Santa Catarina), pela vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão, além de parlamentares e senadores. O texto ressalta que o enfrentamento ao crime deve ser “abrangente, federativo e pluripartidário, sustentado em bases técnicas e institucionais sólidas, capazes de proteger a sociedade e fortalecer o papel dos estados”.

Após a assinatura, os governadores e parlamentares reuniram-se com o presidente da Câmara, Hugo Motta, acompanhados do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do vice-governador Daniel Vilela. Os representantes estaduais solicitaram que as propostas sejam debatidas de forma mais ampla, com a participação de diferentes esferas do poder público.

Em publicação nas redes sociais, Hugo Motta afirmou que “a Câmara está aberta ao diálogo sobre pautas de interesse nacional” e defendeu que “conciliação e equilíbrio são essenciais para o avanço do país”. Já o governador Romeu Zema destacou a urgência da aprovação das medidas: “Combater o crime organizado é também resolver um problema social, como vimos na operação no Rio de Janeiro. O crime é um câncer que precisa ser extirpado”.

Relator do projeto Antifacção, o deputado Guilherme Derrite reforçou a necessidade de punições mais severas: “Há quatro décadas o Brasil não aprova uma lei que realmente puna de forma adequada os integrantes de facções criminosas. Esta é uma oportunidade histórica para proteger a população que vive sob o domínio do crime”.