
Hetrin Esclarece Mitos Sobre Medicamentos Genéricos
Com o aumento do consumo, os medicamentos genéricos se tornaram essenciais no mercado farmacêutico, com preços em média 35% mais baixos que os produtos de referência.
Quando o assunto é medicamentos genéricos, surgem muitas dúvidas, como o motivo de serem mais baratos, se funcionam da mesma maneira e se possuem fórmula idêntica aos de referência. Para esclarecer essas questões, a coordenadora de farmácia do Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), Jéssica Bessa, explica as diferenças entre os medicamentos de referência e os genéricos.
A especialista detalha que os genéricos são uma “cópia” do medicamento de referência, produzindo os mesmos efeitos. Eles são vendidos com o nome do princípio ativo e identificados por uma tarja amarela com a letra G. Esses medicamentos têm a mesma dosagem, seguem a mesma posologia e contêm o mesmo princípio ativo dos medicamentos de referência.
De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), os genéricos representam 73,38% dos medicamentos utilizados para hipertensão, 78,66% para colesterol, 71,85% para ansiedade e 64,66% para depressão. Além disso, constituem 35,44% do total de medicamentos comercializados no país.
Uma das principais vantagens dos genéricos é o preço, aproximadamente 35% inferior ao dos medicamentos de marca. A coordenadora de farmácia do Hetrin explica que essa economia se deve ao fato de os genéricos serem produzidos a partir de medicamentos existentes, eliminando os altos custos de pesquisa e desenvolvimento.
### Genéricos no Brasil
A lei que regulamenta a política de medicamentos genéricos no Brasil completou 25 anos em fevereiro de 2024. Segundo dados de 2022 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o país possui 88 fabricantes de genéricos, responsáveis por mais de 2.553 registros de medicamentos, abrangendo mais de 4.576 apresentações comerciais.
Os medicamentos genéricos facilitam o acesso a tratamentos essenciais para uma maior parcela da população. “Eles são uma alternativa viável, segura e mais barata, com a mesma eficácia dos medicamentos de marca”, afirma Jéssica Bessa. Ela garante que “para chegar até a população, os genéricos passam por rigorosos testes de controle de qualidade”. Em 2023, os genéricos totalizaram 1,98 bilhão de unidades, representando mais de 35% dos produtos vendidos no país.
Imagem: Banco de Imagem
Fonte: Secretaria da Saúde – Governo de Goiás