Avanço da Telemedicina em Goiás: Mais Acesso a Especialistas para Regiões Distantes
O Governo de Goiás, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), está integrando-se ao programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma iniciativa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. Atualmente, 52 municípios, especialmente os mais afastados da capital, participam da iniciativa, contribuindo para a descentralização dos serviços de saúde no estado. Segundo o subsecretário de Políticas e Ações em Saúde da SES-GO, Luciano Carvalho, “este avanço é crucial, pois facilita o acesso dos cidadãos a consultas e tratamentos diretamente nas suas comunidades”.
Desde 2023, quase duas mil consultas foram realizadas, e, até outubro de 2024, mais de 6 mil pessoas receberam atendimento por meio da telemedicina em Goiás. Cada consulta tem duração de cerca de 30 minutos e é realizada em salas equipadas com computadores, onde um médico local e um especialista do Hospital Albert Einstein monitoram e conduzem o atendimento. Paula Santos, assessora técnica da SES-GO, destaca que “os municípios selecionados passaram por capacitação no ano passado, com equipes compostas por um médico e um enfermeiro. Os resultados positivos obtidos até agora indicam o potencial de expansão do serviço”.
A telemedicina é aplicada em diversas especialidades, incluindo endocrinologia, neurologia, neurologia pediátrica, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia. O agendamento das interconsultas é feito pelos profissionais de saúde locais, que organizam o processo de acordo com a demanda de cada município.
Em Goiatuba, um município de aproximadamente 35 mil habitantes na região Sul de Goiás, a telemedicina tem sido fundamental para melhorar o acesso e a qualidade do atendimento médico. Gisele Marques Martins da Costa, coordenadora de educação permanente em saúde, acompanhou a implementação do serviço e reconhece seus benefícios. “A teleconsulta transformou a maneira de acessar cuidados médicos, principalmente em uma cidade onde encontrar especialistas é difícil”, afirma.
A médica Bruna Rodrigues, que trabalha no município, enfatiza a importância da telemedicina tanto para os pacientes quanto para os médicos da atenção básica. “É uma ferramenta essencial para quem precisa de atendimento especializado. Mesmo à distância, conseguimos oferecer um serviço de qualidade”, afirma.
Em média, Goiatuba realiza entre 120 e 150 interconsultas mensais desde a implantação do programa em abril. Marielly Martins, enfermeira estagiária da saúde da família, observa que, antes da telemedicina, muitos pacientes precisavam ser encaminhados para outros municípios, o que dificultava o atendimento rápido. Agora, eles conseguem agendar as consultas de acordo com sua disponibilidade, um grande avanço para a saúde local.
Foto: SES-GO