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Com apenas dois leitos para COVID-19, Defensoria Pública pede suspensão de flexibilização, em Goiânia, por sete dias, mas governo decretará lockdown

Após o índice de ocupação dos leitos de UTI destinados aos pacientes com Covid-19 atingir 96% de ocupação, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) protocolou Ação Civil Pública (ACP), na noite deste domingo (28/06), para suspender por sete dias os efeitos dos três últimos decretos municipais que flexibilizaram as atividades produtivas em Goiânia. De acordo com o levantamento feito pelo Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da instituição, até as 21:30h de domingo, havia apenas quatro leitos de UTI disponíveis para pacientes com Covid-19, de um total de 114, conforme apontava o sistema de controle de vagas de UTIs da Secretaria Municipal de Saúde da Capital. Duas horas após o ajuizamento da ação, o índice de ocupação subiu para 98,24%, restando apenas dois leitos de terapia intensiva especializados.

De acordo com o coordenador do NUDH Philipe Arapian, o objetivo é retomar o isolamento social para o patamar de 50% até que o sistema de saúde retome sua capacidade de absorver a demanda por internações em UTI. “Com apenas quatro leitos disponíveis, entendemos que a capacidade do município em garantir tratamento para as pessoas que precisarem de internação em leitos especializados ficou comprometida”, disse o defensor público.

Caso seja acatada, os efeitos da Ação Civil Pública iniciam-se a partir do dia 30/06, terça-feira, para conceder tempo hábil de organização e não surpresa a comerciantes e trabalhadores, sem prejuízo de eventuais prorrogações dessa suspensão, em caso de necessidade.

LockDown é determinado em Goiás. 

Na manhã de segunda 29/06, o Governador Ronaldo Caiado determinou o Lockdown  no estado que será publicado no DOE amanhã dia 30/06 e se estenderá por 15 dias. Ronaldo Caiado realizou reunião on line com os prefeitos e ressaltou a necessidade de restaurar a capacidade de atendimento no sistema público de saúde às vítimas de COVID-19.

“Os (prefeitos) que estiverem de acordo terão respaldo. Os que acharem que devem seguir outro caminho, comuniquem a população e arquem com as responsabilidades. No que é de minha decisão, apenas as indústrias ou áreas responsáveis por aquilo que é essencial permanecerão abertas a partir de amanhã. Essa é a decisão. É hora de decidir. O que é prerrogativa do governador está decidido para amanhã”, destacou.

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