A partir desta quinta-feira (30/6), está proibida a produção, importação e venda de lâmpadas incandescentes no Brasil. O consumidor só poderá adquirir lâmpadas fluorescentes ou de LED para sua casa ou comércio, uma vez que a comercialização está proibida. Mais caras, elas representam preocupação, ainda mais no período de crise. O engenheiro eletricista da Consciente Construtora e Incorporadora, Eric Tomo explica que, em três meses, é possível recuperar o investimento feito em lâmpadas fluorescentes. No caso das de LED, o retorno pode acontecer em até 12 meses.
Isso porque, enquanto a lâmpada incandescente de 40W, ligada 6h por dia, por 30 dias, consome em média 7,2 kwh/mês, a lâmpada fluorescente de 15W, que gera a mesma intensidade de luz, ligada pelo mesmo tempo, consome 2,7kwh/mês. Uma lâmpada de LED de 8W, nas mesmas condições, consome 1,4 kwh/mês. “A tendência é que o tempo para se recuperar o dinheiro gasto diminua, pois, o preço das lâmpadas devem cair, já que estão se tornando comercialmente competitivas”, diz.
Na obra do Residencial Botanic Consciente Life da Consciente Construtora e Incorporadora, no Setor Marista, até a iluminação provisória já foi substituída por lâmpadas fluorescentes. De acordo com Eric, o projeto também foi modificado. “No projeto do Botanic Consciente Life serão utilizadas em torno de 800 lâmpadas fluorescentes tubulares ou compactas e 400 lâmpadas LEDs. Inicialmente, há um gasto maior, mas a médio prazo o condomínio terá o benefício de redução na conta de energia, já que as lâmpadas são até 75% mais econômicas que as incandescentes, sem prejuízo algum para a qualidade de iluminação”.
Entenda a mudança
A troca das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W, e o processo de substituição acaba no dia 30 de junho deste ano, com a proibição das lâmpadas com potência inferior a 40W.
A partir dos prazos finais estabelecidos, fabricantes, atacadistas e varejistas serão fiscalizados. Os estabelecimentos, importadores e fabricantes serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e quem não atender à legislação poderá ser multado. “A ideia é que os consumidores adotem outras opções de lâmpadas disponíveis no mercado, como as de LED ou Fluorescentes Compactas, que são mais caras, no entanto, mais econômicas e duráveis”, observa o engenheiro.
O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) informa que a diferença de duração é outro diferencial das lâmpadas mais modernas. As incandescentes duram em média 1 mil horas, as fluorescentes 6 mil horas e as de LED duram cerca de 25 mil horas. “Dependendo do uso e da qualidade das instalações elétricas, é possível que as lâmpadas fluorescentes durem até 10 mil horas e as de LED, até 50 mil horas”, reitera Eric.
Ainda de acordo com o engenheiro eletricista Eric Tomo, esta é uma boa forma que o governo encontrou para diminuir a demanda do sistema brasileiro de energia elétrica. “Com a adoção de lâmpadas de LED, por exemplo, é possível economizar até 85% em iluminação. Se, por exemplo, o Brasil todo substituísse as lâmpadas convencionais por outras de LED ou Fluorescentes, teríamos uma redução de 5% no consumo geral de energia elétrica do País. Isso é muita coisa”, explica.