Um estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou a frota de carros de Goiânia como a sexta maior do Brasil, com um total de com 605,3 mil veículos circulando no município. As motocicletas são ainda mais numerosas em proporção aos carros, com a quarta frota do país, totalizando 291 mil motos.
Para se ter uma ideia da importância de tais dados, a média nacional é de 1 carro para 3,89 habitantes, enquanto na capital de Goiás a proporção é de 1 para 2,42 habitantes, ou seja, bem maior do que no restante do país.
Segundo o estudo, a frota goiana fica atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. A pesquisa também revelou que em 48, dos 246 municípios goianos, há mais motos do que carros.
Demonstrando a discrepância entre o transporte particular e o coletivo, a pesquisa revelou que a frota de ônibus de Goiânia não segue a mesma proporção e ocupa, segundo o levantamento da CNM, o 8º lugar no ranking das cidades do país, com 6,7 mil veículos. Problema sentido pela população, que reclama bastante do número de ônibus circulando, que é insuficiente.
A CNM aponta ainda que o transporte coletivo permite uma utilização bem mais eficiente do espaço urbano, ocupando espaço menor na malha viária e transportando 70% da população. A frota brasileira de ônibus coletivos totaliza 616 mil veículos.
As empresas do setor, no entanto, afirmam que cumprem o que rege o contrato de concessão.
A pesquisa da CNB foi divulgada em junho e o estudo cruzou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Conforme o Denatran, a frota de carros do país aumentou 3,30% em relação ao ano passado. Já a de motos subiu 3,44%.
Segundo especialistas, este aumento no número de veículos gera uma queda da qualidade de vida e pode gerar vários problemas urbanos, como congestionamentos e a poluição do ar. As ruas ficam superlotadas e a mobilidade é prejudicada.