Evento ocorre às 10 horas, no local das obras, no Parque Acalanto durante coletiva de imprensa e apresentação do balanço dos seis meses de gestão Ipasgo.
O hospital foi projetado para ter 24,5 mil metros quadrados e a previsão é de que a obra seja concluída em sete meses. Inaugurada de forma incompleta pela gestão anterior, no ano de 2018, a unidade de saúde entrou em operação parcial somente com atendimentos ambulatoriais. Por dentro do prédio, há áreas ainda na fundação, sem assentamentos de pisos (há locais do hospital que ainda estão apenas chão batido). Faltam também pinturas, instalação de acabamentos de vários pavimentos, como os blocos D,E,F, G e na sala de emergência.
Também será necessário, para a conclusão da obra, a aquisição e instalação de equipamentos de alto custo, como subestação de energia e instalação de rede de ar condicionado, além de mobiliários e equipamentos médico-hospitalares.
Após a assinatura da ordem de serviço em janeiro 2015, pelo então governador Marconi Perillo, o tempo inicial previsto para a conclusão da obra, 15 meses, foi triplicado. A execução do projeto se alongou por um prazo de quase quatro anos (ou 47 meses) e foi paralisada em dezembro do ano passado ainda incompleta.
Ao longo destes 47 meses, o contrato inicial orçado em preço global para R$ 67.125.256,72 passou por 17 aditivos, de tempo, valor e prazos, que elevaram o custo para R$ 84.405.509,55. Mesmo com um reajuste de R$ 17,3 milhões, o projeto não foi concluído. As mudanças indicaram que houve, no lançamento do projeto, a ausência de um projeto definitivo, a diminuição do ritmo de trabalho da empresa contratada e a consequente elevação do valor do contrato, sem que ocorressem fatos imprevisíveis.
A retomada da construção do hospital acontece neste mês de junho após a revisão da situação contratual e estrutural do projeto. O presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, diz que assumiu a gestão do órgão com as obras suspensas e iniciou imediatamente uma revisão dos processos referentes ao hospital. A pedido do governador Ronaldo Caiado foi instituída uma comissão específica dentro do Ipasgo para realizar a fiscalização e verificação do efetivo cumprimento das cláusulas dos contratos vigentes dentro do órgão. O objetivo era entender a real situação e buscar a regularização legal para a retomada das obras.
A nova gestão do Ipasgo aplicou medidas administrativas para reduzir gastos e conseguiu sanar R$ 471 milhões das dívidas herdadas das gestões anteriores os prestadores de serviços da rede credenciada. A quitação dos débitos herdados integra a série de ações promovidas pelo presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, nos seis meses de gestão à frente do órgão.
Segundo ele, atendendo a determinação do governador Ronaldo Caiado de sanear as contas públicas e recuperar a saúde financeira do Estado, o Ipasgo também recebeu do Governo de Goiás dívidas deixadas pelos gestores anteriores.Em janeiro de 2019, a atual gestão do Ipasgo encontrou uma dívida de R$ 89,2 milhões referentes às contribuições recolhidas, da folha de pagamento dos servidores públicos ativos e inativos, em novembro e dezembro de 2018, que não haviam sido repassadas ao Ipasgo.
Essa contribuição é o dinheiro que o Governo do Estado recolhe da folha salarial do servidor e repassa ao Ipasgo para o custeio da assistência em saúde.Os valores recolhidos dos servidores entre novembro e dezembro de 2018 não tinham sido repassados até dezembro. Em janeiro, a dívida somava R$ 89.239.090,16 (novembro R$ 44.558.846,41 e dezembro R$ 44.680.243,75). Assim que assumiu o governo de Goiás, Ronaldo Caiado pagou a dívida deixada pela gestão anterior foi paga e regularizou os repasses das contribuições.
Medidas de economia
As medidas de gestão e transparência implantadas pelo presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, até o momento, devem gerar economia de quase R$ 50 milhões somente neste ano de 2019. Assim que assumiu a presidência do Ipasgo, Fernandes implantou a Comissão Transparência e Eficiência para a revisão de contratos, termos de colaboração e parceria, acordo, convênios e outros ajustes similares firmados pelo órgão. Os trabalhos do grupo foram concluídos no dia 26 de junho e ao total foram revistos 4.580 documentos. O objetivo foi rever os atos públicos de forma técnica para evitar e reduzir desvios na execução dos termos, privilégios contratuais, cláusulas exorbitantes e verificar a execução dos serviços contratados.
Nestes primeiros seis meses de gestão, Fernandes aplicou medidas para a contenção dos custos e regras para o uso inteligente de insumos, como papéis, tintas. Somente as ações de redução de gastos referentes ao uso de papel devem provocar uma economia anual de cerca de R$ 500 mil.