Sem pauta e definições, Pepê Medeiros, Leon Deniz e Júlio Meirelles não se acertam e a oposição segue desassistida
Uma desordem total. Esse foi o cenário encontrado pelos advogados do grupo de oposição na reunião ocorrida na terça-feira. A reunião contou com mais de duzentos advogados, um número expressivo, se considerar o novo formato e a situação do isolamento social. Ocorre que, sem pauta, com os líderes batendo cabeça e com apenas um grupo restrito com direito a voz, a chamada “Nova Ordem”, que na verdade representa o “resquié” da OAB FORTE, deixou de compor um cenário emblemático de oposição, com ideias propositivas de assumir o comando da OAB para se tornar um grupo dividido de interesse e intenções.
Apenas falaram Pedro Paulo Medeiros, Leon Deniz, Fábio Carraro, o novato inexpressivo André Abrão e uma mulher, com representatividade, Patrícia Centeno. As falas tinham a mesma retórica de sempre : “temos que convergir no que nos une”. Evidente, porque se for pelo o que desune: a reunião certamente não teria acontecido.

A OAB FORTE não encontrou na “Nova OAB” uma Matriz para continuar protagonizando o seu papel de oposição ao grupo de Lúcio Flávio, que já possui um cenário bem melhor e dividido internamente. Até a divisão e o “racha” da atual gestão é mais organizado e respeitoso que o cenário da “Nova Ordem”.
Não participaram dessa festa pobre Allan Rocha (já nos braços de Rodolfo Otávio), Bruno Penna ( que já não se compromete com amadorismo), Flávio Buananduce (que segue a retórica da insatisfação silenciosa), além de muitos outros como Waldemir Malaquias, Viviane, Dyogo Crosara, Danúbio Remy, Zé Neto, Pedro Miranda e o movimento Nós , a Nova Advocacia. Isso porque a reunião não passou de um circo armado por Pedro Paulo Medeiros para passar o seu pesado bastão da derrota ao novato inexpressivo André Abrão, como se todos os outros membros e líderes que compusessem a história de luta classista fossem coadjuvantes do processo político da definição individual de poucos.
Pedro Paulo Medeiros, que era detentor do direito sucessório perdeu a credibilidade de aglutinar os membros que o apoiaram e, mesmo se tentasse voltar no processo político, sofre o risco político de uma nova derrota de e assistir, além todos os desgastes da eleição anterior, novas encomendas publicitárias negativas à sua postura de bom moço.
A oposição segue dividida rumo a derrota em novembro.