O prefeito Iris Rezende entrega à população, no dia 10 de maio, às 14h, a Estação Ferroviária totalmente restaurada por meio de parceria do município com o programa PAC Cidades Históricas, iniciativa do Governo Federal conduzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia do Ministério da Cidadania. O edifício faz parte do acervo art déco de Goiânia.
As obras da Estação Ferroviária foram empreendidas nos últimos 17 meses, com recursos da ordem de R$ 5,87 milhões. A restauração encerra ciclo de investimentos no patrimônio cultural de Goiás, que soma valores de R$ 48,6 milhões e coloca o estado como o primeiro do país a concluir todas as construções do programa. A Prefeitura de Goiânia é proprietária e responsável pela manutenção e uso do espaço.
O prefeito Iris Rezende vai instalar no edifício um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), a Gerência de Patrimônio Histórico, entre outros serviços da administração municipal. O prédio também volta a abrigar a Guarda Metropolitana e a Banda Municipal, e terá ainda um espaço dedicado a exposições para artistas goianos.
A cerimônia que marcará a entrega da restauração reunirá representantes dos governos federal, estadual e municipal. Estarão presentes o secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural- Substituto do Ministério da Cidadania, Paulo Nakamura; a presidente do Iphan, Kátia Bogéa; o diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson de Almeida; a superintendente do Iphan-GO, Salma Saddi, entre outras autoridades.
Era ainda o início da década de 1950 quando a Maria Fumaça apitou pela primeira vez pelo centro de Goiânia, a recém construída capital de Goiás. As estradas de ferro que contam a rica história de ocupação e desenvolvimento do país não percorrem mais aqueles caminhos, mas cravada no coração da cidade ainda está a Estação Ferroviária, com os traços marcantes e detalhes que tão bem simbolizam o acervo art déco da capital.
Nos trilhos
Na intervenção realizada na Estação Ferroviária, mais do que a restauração arquitetônica do edifício, buscou-se a transformação do espaço, permitindo que novos usos dinamizem a região, atraindo público para o local, preservando a memória ferroviária e valorizando o estilo art déco – manifestação essencialmente decorativa, que inspirou os primeiros edifícios da capital, simbolizando o progresso e a modernidade. Todo o prédio passou por obras, recebendo novas instalações, a recuperação de toda a estrutura, como pisos e cobertura, além de nova pintura e disposição dos espaços.
Três elementos simbólicos do lugar também ganham destaque: a locomotiva, conhecida como Maria Fumaça, toda restaurada, foi realocada na plataforma de embarque para acesso e conhecimento do público; o tradicional relógio da torre foi recuperado e retomou seu funcionamento; e ainda, os dois painéis de Frei Confaloni, com os afrescos originais, um marco das artes plásticas em Goiás, também foram restaurados, com mais um valioso ganho para a cultura local.
A obra permitiu a requalificação urbana de uma área ao redor da Estação Ferroviária, na Praça do Trabalhador, que recebeu pavimentação, novo paisagismo, iluminação e mobiliário, criando mais um espaço de convivência para a população.
PAC
A obra de restauração da Estação Ferroviária é a oitava ação a ser concluída pelo PAC Cidades Históricas em Goiás. Além dela, a Praça Cívica também passou por obra com recursos do programa e, na antiga capital do Estado, a cidade de Goiás, foram outras seis ações: a recuperação da Ponte da Cambaúba, as restaurações do Mercado Municipal, da sede da Prefeitura Municipal e da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, e as requalificações do Arquivo Diocesano e do Cine Teatro São Joaquim. Ao todo, foram R$ 48,6 milhões investidos no Estado, sendo R$ 30,3 milhões em Goiás e R$ 18,3 milhões em Goiânia. Assim, o Estado se destaca como pioneiro, com a conclusão de todas as obras do Programa.
O PAC Cidades Históricas é um avanço nas políticas culturais no país e vem sendo executado em 44 cidades de 20 estados brasileiros, totalizando uma previsão de investimentos de R$ 1,6 bilhão em obras em edifícios e espaços públicos. Conduzido pelo Iphan, a ação intergovernamental visa valorizar a cultura e promover o desenvolvimento econômico e social sustentável e a qualidade de vida dos cidadãos, por meio do Patrimônio Cultural.