Porém, o senador entende que o momento que o país enfrenta é outro e que essas reservas poderiam ser utilizadas para socorrer estados e municípios. “Hoje, vejo o senhor Ministro defender o que eu defendia no passado, só que agora o momento é outro, é um momento de pandemia. A nossa dúvida é se não seria melhor usar parte desses recursos para salvar os estados e municípios que passam por dificuldades por conta do novo coronavírus”, questionou o senador.
De acordo com Paulo Guedes, abatimentos foram feitos ao longo de 2019. “Nós vendemos 30 bilhões de reservas no ano passado e com isso nós abatemos 140 bilhões da dívida pública e isso é economia de juros e é dinheiro que nós podemos usar em saúde”, explicou.
Banco Central
Sobre a questão específica do Banco Central, Guedes explicou que “Com relação à PEC de Guerra e ao BC, nós só queremos tirar o Banco Central do cercadinho do Banco, porque quando você deixa banco sair e sobra liquidez ele fica preso no cercadinho do banco, nós estamos querendo abrir o cercadinho para ele chegar o setorial”, disse o ministro.Fiscalização
Ajuda a estados e municípios
Paulo Guedes explicou que o novo projeto (PLP 149/2019) que estabelece auxílio financeiro da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para mitigar os efeitos da pandemia da Covid-19, em análise no Senado Federal, pode chegar ao montante de R$ 130 bilhões. Como contrapartida, não poderá haver aumento de salários de servidores.
Impactos da crise
O ministro da Economia destacou medidas tomadas pelo governo desde que foi constatado que a covid-19 era uma pandemia e não apenas uma “gripe” isolada na China, como a transferência de recursos para estados e municípios, a criação do auxílio emergencial, a inclusão de mais de 1,5 milhão de pessoas no Bolsa Família, ajuda a empresários com a suplementação de salários de funcionários e aumento do crédito. Segundo Guedes, o Brasil pode gastar o correspondente a até 15% do Produto Interno Bruto (PIB) com ações de enfrentamento à covid-19, levando em conta a esperada queda da atividade econômica e o déficit financeiro.
Queda do PIB
Pós-pandemia – Superada a pandemia, o ministro disse esperar a retomada da agenda de reformas estruturantes e pediu o apoio dos parlamentares. “Temos que ter consciência que, uma vez combatido isso, temos que continuar as reformas por uma razão muito simples. São as reformas que vão tirar o Brasil do buraco”, disse. (Com Agência Senado)